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Bolsonaro e a vacina: as dores e o sofrimento de nosso povo

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Aprendi desde criança uma expressão popular que diz: casa de pais, escola de filhos. Os sinais que o pai dá em casa, se forem invertidos, podem educar de forma trágica aqueles que estão em nossa volta.

O presidente da República é eleito para dar sinais que convençam a população. Nesse sentido é estarrecedor o que o presidente consegue produzir em suas manifestações. Agora foi capaz de afirmar que não há garantia de que determinada vacina não transformará, quem a tomar em um jacaré, fazendo escárnio da tragédia do mundo e do Brasil. Minimizou a gravidade da pandemia, fez chacota com as pessoas; cloroquina, gripe militarização do Ministério da Saúde, politização da Agência Nacional de Vigilância Epidemiológica (Anvisa) e, mais uma vez, questiona as vacinas e a gravidade da pandemia, que já deixou mais de 186 mil mortos no Brasil, neste fim de 2020.

O senhor presidente presta enorme desserviço, desinforma as pessoas, gera dúvida e apreensão e não se ocupa com as vidas. Faz questão de dizer que não tomará a vacina, repetidas vezes diz que não tomará a vacina, influenciando pessoas. Nas pesquisas, 25% da população dizem que não vão se vacinar, introjetando o péssimo exemplo do mandatário de plantão. Registro: vacinar-se não é um ato individual, mas uma responsabilidade coletiva já que a decisão de não se vacinar impõe aos demais cidadãos e cidadãs um risco aumentado de contágio e adoecimento.

Além disso, o presidente não mobiliza todo o esforço e a capacidade do Ministério da Saúde para comprar as vacinas e os insumos para todas e todos, em cooperação com Estados e municípios. Não se empenha no sentido da organização governamental para garantir um plano de imunização para o nosso País. É irresponsável! Já deu inúmeras provas que não está à altura do cargo que ocupa, muito menos tem condições de liderar este País e ajudar o nosso povo, o povo que o elegeu. A falta de organização, de cooperação, a prática negacionista, a anticiência fará com que o Brasil faça imunização mais tardiamente e, claro, o País pagará mais caro e mais pessoas morrerão nos próximos meses.

Essa condução pelo presidente da República, pelo Ministério da Saúde gerou, gera e gerará muito mais dor e sofrimento. Essas manifestações e posicionamentos do presidente custam vidas, maculam a credibilidade do País e, também, destroem a nossa economia. Veja o Supremo Tribunal Federal (STF) sendo obrigado a se manifestar e, corretamente, possibilitar que governadores e prefeitos estabeleçam a vacinação contra a Covid-19.

As ações e as omissões de Bolsonaro custam caríssimo, abalam as Instituições, ceifam vidas de jovens e idosos, homens e mulheres. Temos um presidente que não se ocupa da dor da maioria do povo. A politização das vacinas gera prejuízo atrás de prejuízo e essa politização só serve àqueles que têm interesses mesquinhos, focados apenas nas suas aspirações de poder. O Brasil precisa imediatamente, ainda que tarde, colocar dinheiro nas vacinas, em todas elas, combater o novo Coronavírus, conseguir quantidades de vacinas e os insumos que o País precisa para imunizar toda população.

Que o Congresso Nacional, as Instituições da República e toda a sociedade, a despeito de partidos e disputas eleitorais, que são precoces, compreendam que precisamos valorizar as vidas e, portanto, fazer todos os esforços para que, da forma mais urgente, o nosso País, o nosso povo seja imunizado. Precisamos de vacina para todos, senhor presidente.

Que todos e todas tenhamos um bom Natal! Tenhamos uma virada de ano esperançosa, e que no Congresso Nacional possamos continuar juntos e juntas, no exercício propositivo, de cobrança e fiscalização, defendendo a vida no Brasil.

Vacina para todos e todas já!

Professora Rosa Neide

Professora, ex-secretária de educação, é atualmente deputada federal pelo PT-MT

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