Com voto favorável da deputada Rosa Neide, Câmara homenageia rainha mato-grossense Tereza de Benguela
Com articulação e voto favorável da deputada federal Professora Rosa Neide (PT), a Câmara aprovou nesta quarta-feira (16), a Proposta de Resolução 54/2020, que reconheceu a história de luta e a vida da líder do Quilombo de Quariterê, em Mato Grosso, Tereza de Benguela. Os parlamentares também batizaram o corredor da Casa que dá acesso ao plenário, com o nome da líder mato-grossense. Na ocasião, houve descerramento de placa comemorativa.
Para Rosa Neide, “é um privilégio ser deputada pelo Estado da Rainha Tereza”, como era chamada pelos mais de 3 mil moradores do quilombo que existiu entre os anos de 1730 e 1795, no Vale do Guaporé, região Oeste do Estado.
Símbolo da resistência e da luta contra a escravidão negra no Brasil, Tereza de Benguela passou a liderar o quilombo, após a morte de seu companheiro, José Piolho, assassinado por soldados da Coroa Portuguesa. Segundo historiadores, Rainha Tereza “uniu negros, brancos e indígenas para defender o território onde viviam, resistindo bravamente à escravidão”.
Tereza de Benguela lutou por liberdade e resistiu por mais de 20 anos, até ser presa e morta pelo Estado em 1770.
De acordo com a deputada, a história de vida da Rainha deve ser motivo de inspiração para todas as mulheres do Brasil que lutam por liberdade, por igualdade de oportunidades, por igualdade de direitos e por justiça plena. “Sua luta continua atual e também é a luta de todos nós contra o racismo estrutural e contra a violência vivenciada diariamente pela população negra”, afirma a petista.
Relatora da Proposta de Resolução, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) disse que Tereza, “é símbolo de força, resistência e luta contra o racismo e desigualdades que perduram até hoje em nossa sociedade”.
Mais homenageadas
Outros espaços da Câmara também carregarão nomes de grandes mulheres, como Anésia Pinheiro Machado, Marília Chaves Peixoto, Ceci Cunha, Celina Guimarães Viana. Todas elas tiveram contribuição importante à história do País. O Plenário 11 se chamará Anésia Pinheiro Machado, o Plenário 13 receberá o nome de Marília Chaves Peixoto, e Ceci Cunha é como vai se chamar o Plenário 2 das Comissões.
Também foi inaugurada a Ala Celina Guimarães Viana, no Anexo II, onde fica a galeria histórica das deputadas federais.
Os projetos – todos de autoria da bancada feminina – foram aprovados na última quinta-feira (10), data em que se encerraram os 16 dias (no Brasil são 21 dias) de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.
Perfil das homenageadas
Anésia Pinheiro Machado: aviadora que foi proclamada, em 1954, decana mundial da Aviação Feminina pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI).
Ceci Cunha: deputada federal assassinada em 1998, em crime encomendado por seu suplente com o intuito de tomar-lhe a vaga no Parlamento.
Celina Guimarães Viana: professora, foi patrona do voto feminino no Brasil.
Marília Chaves Peixoto: matemática e engenheira considerada autoridade mundial na área. A cientista e pesquisadora foi a primeira mulher brasileira a ingressar na Academia Brasileira de Ciências, em 1951, sendo também a primeira mulher membro efetiva da instituição. (Com PT na Câmara)
Volney Albano
Assessoria de Imprensa
Deputada Federal Professora Rosa Neide (PT-MT)
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