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Volta às aulas é refutada por parlamentares e entidades ligadas à educação

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Foto: Stockphotos/Divulgação

O Núcleo de Educação e Cultura do PT no Congresso Nacional, coordenado pelo deputado Waldenor Pereira (PT-BA), debateu nesta terça-feira (18), “Protocolos para o Retorno às Aulas”. O deputado relatou que o objetivo do encontro virtual foi o de conhecer as experiências, as estratégias construídas, os protocolos feitos pelos estados e municípios governados pelo Partido dos Trabalhadores para a preparação do retorno às aulas, quando isso for possível.

A oficina contou com a participação do ex-ministro de Educação Aloizio Mercadante, dos secretários de Educação da Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte, além de secretários municipais de Educação. O debate contou também com a presença do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo e da Comissão de Assuntos Educacionais do PT (CAED), deputada estadual Tereza Leitão (PT-PE). Ela adiantou que o conteúdo produzido na oficina vai atualizar o documento apresentado no mês de junho em relação à volta às aulas.

O deputado Waldenor disse que a volta às aulas só será possível quando as autoridades sanitárias recomendarem. “Quando isso acontecer, já estaremos dentro de um nível de segurança que vai permitir a proteção dos professores, dos estudantes, da comunidade acadêmica de uma forma geral, mas isso a gente não sabe quando. Ninguém tem nada decidido ainda nos nossos governos”, adiantou.

O parlamentar reconheceu que o retorno às aulas deve acontecer em algum momento, mas que a decisão preliminar é de que nesse momento não há como voltar. Ele reafirmou que o Núcleo de Educação em parceria com a CAED, e com a CNTE, sindicatos da categoria, professores e as entidades de representação da educação estão preparando protocolos, estratégias e dialogando entre si para apresentar um documento com as diretrizes para o retorno das atividades escolares.

“Estamos na expectativa que nos próximos dias, a partir do que se ouviu hoje, a partir dos relatos que foram prestados, o CAED possa construir um documento assinado pela presidenta Nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), pelas instâncias partidárias para orientar nosso partido pelo Brasil afora”, esclareceu Waldenor Pereira.

O parlamentar disse ainda, que pelos relatos nenhum governo do PT decidiu pela reabertura de atividades escolares. Segundo ele, em nenhum dos estados governados pelo PT existem as condições sanitárias necessárias e seguras para o retorno às aulas.

“Em todos os Estados que o PT governa o nível de contágio ainda é alto e não há possibilidade nenhuma de retorno às aulas devido às condições atuais. Se assim nós procedêssemos estaríamos sendo coniventes com o genocídio, pois haveria aumento no número de contágios e de mortes de brasileiros”, ponderou.

Prudência e medidas rigorosas

O ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante elogiou a qualidade da discussão e afirmou que o conteúdo exposto revela que são necessárias “medidas prudenciais e medidas sanitárias rigorosas tanto no transporte, quanto à estadia nas escolas e na saída”.

Mercadante afirmou que o PT tem uma posição muito firme em defesa da vida. “A vida é insubstituível, o ano escolar é recuperável. Não podemos colocar as crianças e suas famílias, avós, pais, em risco. Isso pode realimentar a pandemia, prejudicar a economia e destruir mais vidas e isso é inaceitável”, enfatizou.

O ex-ministro disse que a posição do PT continua sendo a favor do distanciamento social. Ele defendeu a utilização de novas tecnologias “em tudo que for possível”, e pensar um projeto estruturante “que seja utilizável agora e, principalmente, que combine a mediação tecnológica com o ensino presencial no futuro”.

Diálogo

A deputada Professora Rosa Neide (PT-MT) defendeu mais diálogos entre os entes federados governados pelo PT. “É importante que os quatro estados governados pelo PT fortaleçam uma relação entre si, uma relação mais próxima. Essa relação federativa não se pode esquecer. Essa é uma ação política forte que devemos fazer”, defendeu.

De acordo com a parlamentar mato-grossense, um dos pontos principais é que os governos petistas não percam o diálogo com suas bases. “Isso parece muito simples, mas nas relações é a mais difícil, mas que os nossos governos têm que manter. Não tem como tomar decisão sem manter diálogo”, observou.

Pesquisa

A posição defendida pelo PT ganha o reforço da ampla maioria da população brasileira. É o que revela a pesquisa divulgada hoje pelo Datafolha. Segundo o levantamento, 79% dos brasileiros afirmam que o retorno às aulas agravará a pandemia do novo coronavírus.

Entre os pesquisados, 59% disseram crer que a retomada das aulas presenciais piorará muito a situação, e outros 20%, um pouco. Outros 18% afirmaram que não haverá efeito na disseminação do vírus, e 3% disseram não saber. A pesquisa foi feita com 2.065 pessoas de todo o País, nos dias 11 e 12 de agosto por telefone.

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