Especialistas debatem educação, cultura popular e princípios político-pedagógicos
Para a autora do requerimento, o povo precisa ser sujeito crítico a serviço da denúncia, libertação, transformação e não da domesticação e acomodação. “É necessário que no interior das escolas públicas, da alfabetização à pós-graduação sejam garantidos instrumentos de resistência cada vez mais apropriados para toda comunidade escolar que habita nos espaços da escola pública”, explicou Rosa Neide.
Segundo a professora Maria Luiza é a escola pública que tem que tratar da educação popular. “É no ambiente escolar que o trabalhador e a pessoa que mora ali precisa se sentir reconhecida e possa trocar e receber saberes”. A professora também afirmou que o movimento popular não precisa só brigar e se organizar pelas pautas do cotidiano e da sobrevivência. O movimento tem um patrimônio histórico que é o legado de Paulo Freire e o reconhecimento da capacidade de produção do conhecimento.
O professor do Instituto Federal de Brasília explicou que não é possível pensar a educação desvinculada dos princípios das lutas sociais. “Não podemos achar que as pautas específicas do campo da educação estão desvinculadas da luta pela moradia, reforma agrária, água, Previdência Social. A educação também não pode estar desvinculada dos órgãos e entidades construídas pela classe trabalhadora”, afirmou.
Assessoria de imprensa
Foto: Layla Andrade e Gabriel Paiva