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Corte atinge estudantes de baixa renda das Universidades e Institutos Federais

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É um crime contra o futuro do País o corte linear de 30% efetuado por Bolsonaro, no orçamento de 2019 das Universidades e Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Em Mato Grosso a UFMT perdeu R$ 34 milhões e o IFMT, R$ 31 milhões.

Tenho dialogado cotidianamente com a reitora da Universidade, Myrian Serra e com o reitor do Instituto, Willian de Paula. A situação de ambas instituições é dramática, pois caso o governo não devolva os recursos, não haverá condições para manutenção das aulas e atividades acadêmicas a partir do segundo semestre.

Um dos argumentos utilizados pelo MEC para os cortes é de que as Universidades e Institutos tem feito balbúrdia. Segundo o dicionário, balbúrdia significa desordem barulhenta, trapalhada, tumulto, etc. Não me parece um argumento plausível para justificar esse ataque sem precedentes às Instituições, que produzem ensino, pesquisa e extensão no País.

Em defesa dos cortes, apoiadores de Bolsonaro tem espalhado fakenews nas redes sociais. Entre as mentiras propagadas está a acusação de que as Universidades e Institutos são elitizadas e atendem apenas às famílias de renda alta. Para combater mentiras só há um caminho: a verdade.

Divulgado essa semana, os dados da 5ª Pesquisa Nacional do Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes de Graduação das Universidades Federais, realizada pelo Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Estudantis (Fonaprace), da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) apontam que a maioria dos graduandos é de baixa renda; são pardos ou pretos; e cursaram o Ensino Médio em Escola Pública.

Do total de estudantes das Universidades Federais em 2018 – 70,2% – tem renda mensal familiar per capita de até 1 salário mínimo, sendo a renda média de R$ 640. Na UFMT, dos 28 mil estudantes matriculados ano passado, 68,6% possuíam renda familiar de até 1 salário mínimo e meio.

Fica claro que o ataque às Universidades atinge diretamente os filhos dos trabalhadores, que passaram a ter acesso ao Ensino Superior Público durante os governos Lula e Dilma. São esses estudantes de baixa renda, pretos, pardos e oriundos de Escola Pública, que o ministro da Educação, Abraham Weintraub acusa de fazer balbúrdia? Os cortes são para impedir que as Universidades e Institutos Federais continuem ofertando ensino de qualidade a esse contingente de brasileiros, historicamente excluídos do Ensino Superior no País?

Até agora Bolsonaro e Weintraub não justificaram a necessidade dos cortes. O ministro compareceu no plenário em Comissão Geral da Câmara no último dia 15, para prestar esclarecimentos. Ele retornou à Casa na Comissão de Educação neste dia 22. Em ambas as ocasiões não apresentou justificativa plausível.

Não há o que explicar porque a verdade, é que Bolsonaro quer impor um sucateamento às Universidades e Institutos visando à privatização. Essa medida fatalmente impedirá que os estudantes de baixa renda continuem cursando graduação e pós-graduação, pois não terão recursos para pagar mensalidades de faculdades privadas.

Seguirei lutando na Câmara dos Deputados contra os cortes. Continuarei atuando junto à bancada federal de Mato Grosso para que a maioria dos nossos 8 deputados e 3 senadores se engajem nessa luta. É imperativo que o MEC devolva os recursos da UFMT e do IFMT.

Assim como ocorreu no último dia 15, temos um encontro marcado nas ruas de todo o País no próximo dia 30, em mais um dia de protestos nacionais contra os cortes e em defesa da Educação.

Conto com a luta do povo de Mato Grosso em defesa da nossa Universidade e do nosso Instituto Federal.

#NãoAosCortesNaEducação #EmDefesaDaEducação #EmDefesaDaUFMT #EmDefesaDoIFMT #Dia30VaiSerMaior

Professora Rosa Neide

Deputada Federal (PT-MT)

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